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O Colégio Interno

Você pode até nem se interessar, mas vale dar uma lindinha, pois que a lição de vida é grande e pode ser proveitosa, isso é.

Já algum tempo tenho escrito coisas a meu respeito, de passagens da minha vida, e tal. E esse é mais um pedacinho que agora me lembro e passo pra vocês.

Depois da passagem (morte) da minha mãe, estudei num colégio por 2 anos, depois minha tia me colocou num colégio interno ali nos jardins, mais precisamente na Al. Itú, esquina com a Padre João Manoel (quem conhece sampa, vai saber;atrás do parque Trianon.).

Pois é, ali o pagamento era mínimo, seria como uma pequena ajuda de custos, então, além de estudar, nós trabalhávamos no colégio. As tarefas mudavam toda semana.O colégio contava com 3 pensionatos para moças, pois ficava bem próximo ao colégio objetivo, que na época era o "must"(acho que ainda é), em cursinho preparatório para o vestibular.Aí, as moças que moravam no interior, filhas de pessoas abastadas, ficavam no pensionato do colégio. Ali se alimentavam, tinham tempo para estudar, enfim, os pais confiavam.E nós, as internas, é que limpávamos os quartos delas, lavávamos as louças de café ,almoço e jantar, limpávamos a capela, (detalhe: o chão em granito branco, tinha que ser lavado de joelhos com escovinha de lavar roupas e sapólio em pedra), lavávamos as roupas do internato, passávamos, quer dizer, trabalhávamos mesmo. Ahhh, e se fizesse mal feito, ficávamos sem recreio pra fazer de novo.

Depois do almoço, tinha o já citado recreio, aí quando subíamos, era hora do banho, de 3 minutos, se passasse a freira desligava o botão e a água esfriava.Só podia ser de 5 minutos aos sábados quando era dia de lavar a cabeça.

Aí sim, íamos para a sala para as lições da escola, quem estava no (antigo) primário, hoje estudo fundamental, estudava até 15:45, quando então íamos à capela rezar o terço e depois era hora de merendar.Subíamos às 16:30 e quem era do ginasial,(5º a 8º séries), continuava a estudar, as outras como eu, já pegava no bordado. Isso mesmo, bordávamos toalhas de banquetes enormesssss com os guardanapos, roupinhas de bebês, panos de prato, enfim, uma grande variedade de peças, pois no final do ano era feito um bazar e as madames dos jardins vinham comprar tudo. Se víamos alguma moedinha??? Imagina!! Nadica. Mas tem o lado bom, aprendemos a bordar, e isso é legal.Sei fazer coisas lindas em bordado.

Quando dava 18:30 era hora do jantar, quem estava no ginásio, estudava fora do colégio então ia com 2 freiras ao colégio Sion, e quem fazia o primário estudava dentro do colégio mesmo. Aí jantávamos, subíamos, pegávamos os cadernos e íamos pra aula.Saíamos da escola, já estavam todas dormindo, entrávamos caladas para não acordar as outras e ...íamos para o banheiro conversar e rir,descontrair um pouco, mas.......de repente, não mais do que de repente, a madre aparecia, e já sabíamos.....TODAS DE CASTIGO NO DIA SEGUINTE.

Não podia ficar até "tarde" (22:00 hrs), conversando.

Mas também tive outras coisas que não consigo esquecer.Dentre as pensionistas, tinha uma senhora que não estava ali pelos estudos, ela trabalhava e morava ali já a muitos anos, e ela tocava violão, piano, etc... nas missas aos domingos.E começou a me ensinar a tocar " O bifinho" ( música do Danoninho) ao piano, mas eu tinha só 12 anos e era dispersa demais, aí ela me ensinou a tocar bandolim.Só que não sei nenhuma nota musical, ela fazia um tipo de uma tabela e me ensinava por ali. E todo sábado à tarde era dia de ensaiar. Comecei tocando parabéns pra você. Quando a Izabel ( o nome dela era esse), achou que estava bem, ela me deu uma música pra ensaiar chamada Creio em Ti, para tocar num domingo.Fui ensaiando, ensaiando, até que num sábado ela falou: "Você toca amanhã".

Gelei. Imagina, tocar na missa das 10,no domingo!!! Era como se ela tivesse dito que eu tocaria o hino nacional na abertura da copa do mundo !!!

Mas ensaiei direitinho, quase nem dormi de nervoso.Quando amanheceu, coloquei meu uniforme, desci, tomei café e fui ensaiar.Ensaiei até a hr da missa.Essa música era pra ser tocada na hora da comunhão, então tinha que ficar repetindo-a o tempo todo até todos terem comungado.

A freira, as outras meninas do coral, e Izabel, ninguém tirava os olhos de mim. Eu não via nem ouvia nada, só esperando a introdução da Madre Cruz ao piano.Quando começou, peguei minha palheta e .... toquei, toquei e toquei... Aí, quando terminou a música, eu respirei. Nem havia percebido, mas segurei a respiração o tempo todo.

Quando terminou a missa, foi gratificante, pois muitas pessoas choravam emocionadas com a música e vieram me cumprimentar.

Foi divino!!!

Hoje em dia tenho vontade de comprar um bandolim e ver se consigo fazer a tal tabela que a Izabel fazia e tocar.Será que consigo?

Pois é, tive meus momentos de fama como música também. rsrsr

Agora ouçam que linda a música que toquei. Um presente.è linda demais.

Se puderem, adoraria receber comentários.Obrigada.

2 comentários:

Arthur disse...

como é bom ouvir essas histórias, me marcam com uma nostalgia que nem sei explicar!!

um cheiro!

Unknown disse...

Olá meu querido!!! Pensei em vc ontem.Com muito carinho pensei que já fazia um bom tempinho que não te fazia uma visitinha e talvez por isso tb não recebia nenhuma.Nem sua nem de outros amigos. Mas que alegria ao abrir hj aqui e ver seu recadinho. Obrigada meu anjo.
Eu ando muito saudosista ultimamente.Mas até que é bom...Saudades boa.um beijinho super carinhoso, meu amigo querido. Fique na Paz.

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