Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio,
Que o fim de tudo que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca,
Pois metade de mim é o que grito
A outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que triste,
Que o homem que amo,seja para sempre amado
Mesmo que distante
Pois metade de mim é partida,
A outra metade é saudade.
Que as palavras que falo
Não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa
Que resta a a alguém inundado de sentimentos,
Pois metade de mim é o que ouço,A outra metade o que calo.
Que a minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e paz que mereço,
Que a tensão que me corrói por dentro,
Seja um dia recompensada,
Porque metade de mim é o que penso,
A outra metade um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste
E o convívio comigo mesma se torne suportável,
Que o espelho reflita meu rosto num doce sorriso,
Que não me lembro de ter dado na infância.
Pois metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade...Não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Para me alegrar o espírito,
E que o silêncio me fale cada vez mais.
Pois metade de mim é abrigo,
A outra metade é cansaço.
Que a arte me aponte uma resposta
Mesmo que ela mesma não saiba,
E que ninguém tente complicar,
Pois é preciso simplicidade para faze-la florescer.
Pois metade de mim é platéia,
A outra metade é canção.
Que a minha loucura seja perdoada.
Guardo esse poema há mais de 20 anos.Me identifico com o que ele diz.Loucura?Insanidade?
Não.Apenas todos nós somos METADES.(Isso é meu).
PS:Desconheço a autoria.Se alguém souber,por favor me diga para os devidos créditos.
0 comentários:
Postar um comentário
Críticas são bem vindas,desde que construtivas,para evolução do blog,e minha própria.Seja criativo e tenha dicernimento.
Deixe seus comentários,suas críticas,elogíos,e assim que possível, responderei.Obrigada.